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domingo, 1 de dezembro de 2013

Analisando- O triste e surpreendente Kamisama no Inai Nichiyoubi


E teve gente que ainda dropou.

Por MIKA
Toda temporada de animes que surpreendem. Alguns viram até hits, visto o recente Shingeki no Kyojin e o amado (e também odiado) Sword Art Online. Alguns animes, porém, acabam não virando hits, mas bem que mereciam. Tal qual Kamisama no Inai Nichiyoubi, um anime que me surpreendeu e mostrou que anime bom não precisa só ter porrada ou apelar para a pornografia! E aqui estou eu, gentilmente, escrevendo uma analise explicando o porquê KamiNai pode se considerar uma das grandes surpresas de 2013. Vale lembrar que este texto vai mais por minha opinião, por isso podem me criticar nos comentários e dizer sua opinião sobre KamiNai. Vamos?
A história
Deus abandonou o mundo no Domingo. Como resultado, ninguém no mundo pode morrer “naturalmente” ou se reproduzir. Uma garotinha, Ai, é a coveira de um vilarejo. Ela preparou 47 túmulos para as eventuais mortes de cada membro do vilarejo. Posteriormente, um homem que se identifica como “Hampnie Hambart”, o “brinquedo comedor de homens”, que coincidentemente é como a mãe de Ai disse que seu pai se chamava, chega ao vilarejo a procura de uma mulher, e abate todo o seu povo. O que está acontecendo?



Considerações Técnicas
AVISO: Terão alguns spoilers neste review.
Começamos falando que muita gente dropou esse anime no episódio 03. Motivo? Hambart, o “bonitão-protagonista” que é imortal morre neste episódio! Sim, o cara de cabelos brancos disse que se tornou imortal no dia em que Deus deixou o mundo, mas ele disse que morreria se tivesse momentos de felicidade. Bom, quando ele surgiu no anime, muita gente começou a shippá-lo com a Ai (normal shippar casais em anime). Mas no episódio 03 veio a surpresa: A mulher que Hambart procurava era a mãe de Ai, e ele é o pai dela! Depois de descobrir isso, ele tem momentos de felicidade entre pai e filha com a Ai, e depois morre. Nisso muita gente ficou reclamando, e droparam. Confesso que fiquei chateado, não por não poder shippar a Ai com o Hambart (até porque seria meio que um incesto), mas porque eu tinha gostado daquele cara, e ele morreu... Só durou três episódios, e em três, ele fez muita gente se apaixonar por ele...
Eu decidi acompanhar o resto, mesmo com a morte do meu segundo personagem favorito (era o primeiro, mas depois que morreu e apareceu outro, ele perdeu esse posto) até porque eu queria ver como as coisas iam se seguindo. Ai passa por um monte de lugares, encontra muitos personagens e só. Aparece um tal de Kiriko, que muitos começaram a shippá-lo, mas não deu certo, pois ele tinha a Ulla...
Nisso notei que o anime tinha um problema: As coisas aconteciam rápido demais. Personagens entravam e saíam, e eram aqueles que podiam acompanhar nossa protagonista. Nisso, achei que o anime terminaria como uma grande bosta, mas aí veio à surpresa.

Quando o Alis (ou Alice) entrou em cena, foi a mesma coisa do Hambart e do Kiriko: Shippá-lo com a Ai (mania de todo otaku shippar o protagonista com alguém). Eu achei que não ia dar certo de novo, até porque o cara tinha uma garota chamada Dee atrás dele. Mas no último episódio, ficou claro que ele e a Ai eram o casal principal, quebrando minha expectativa negativa! Fora que foi revelado um monte de coisas surpreendentes que deixaram muitos de queixo caído. No final, o cara estava para desaparecer, a Ai fica chorando implorando para que isso não aconteça (nisso confirmava-se o casal AixAlis) e quando o cara estava prestes a desaparecer... Pimba! As últimas cenas do episódio final mostraram que a Ai conseguiu salvá-lo, mostrando que a garota fez transmutação humana é mais poderosa do que imaginávamos.
 O episódio final deixou mais perguntas do que respostas. Afinal, não nos é mostrado como é que a Ai consegue salvar o Alis. Como ela impediu que ele desaparecesse? Se a Dee não estava morta, porque no mundo externo o corpo dela era de um fantasma? O que aconteceu com todos os outros personagens que nunca mais deram as caras?
A história achei muito bem escrita, começou bem, pecou um pouco e conseguiu nos surpreender no final, mesmo este deixando você cheio de dúvidas. Ainda sim, vale destacar que a animação me pareceu um pouco antiga, o traço do anime me pareceu comum demais a ponto de que se eu não tivesse assistido, poderia confundir seus personagens com de outros animes. Sim, o traço é bem característico dos animes um pouco mais antigos, porém bem bonitos. Os personagens principais são bem construídos. Os secundários, nem tanto. E as histórias são bem contadas, mesmo passando bem depressa. Um belo trabalho feito pelas mãos do competente estúdio MadHouse (o mesmo de Death Note, Nana, Chobits, HOTD). É uma animação simples, mas eficiente. Yuji Kumazawa fez um bom trabalho como diretor, e KamiNai tem uma das trilhas sonoras mais tristes que conheço. Não consigo não me emocionar com o encerramento. 
Comentários Gerais
KamiNai fez um ótimo trabalho, provando que um bom anime não precisa te apelação ao ecchi para fazer sucesso (mesmo tendo garotas, como a Scar e a Dee, de seios grandes e medianos e a nossa pequena Ai sendo uma tábua), muito menos para uma série de pancadarias como vemos em muitos animes da atualidade. Também mostrou que não necessita de comédia para ser divertido, e que pode emocionar só com seu jeito de contar uma história. Mesmo tendo alguns problemas, ele me conquistou de uma forma que não consegui largar. Mesmo tendo uma pequena apelação ao Moe com a Ai, uma criança de 12 anos que mostra ter um jeito muito fofo, KamiNai nos fez chorar pelo passado de alguns personagens e o desejo de cada um. Alis nos mostrou que você tem que ter cuidado com o que deseja, pois ele pode se tornar realidade, e pior, tirar de você algo muito importante. Ai, por sua vez, nos mostrou que devemos persistir em nossos sonhos e não se deixar abater por pequenos obstáculos. 
Enfim, KamiNai, devido as dúvidas que deixou, tem que ter uma segunda temporada. Enquanto isso peguem a Light Novel para acompanhar o resto história. Dizem que em um site chamado Google é possível encontrar informações sobre ela. Aliás, um fato interessante: a light novel já ganhou o prêmio Grand Prize, em 2009, onde seu autor também faturou o 21st Fantasia Prize. Merecido, não?

Por MIKA

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